A tal história de comédia romântica, nem tanto comédia tampouco romântica. Ou deveria dizer que a comédia foi só pra disfarçar o romantismo que, de algum jeito, já existia? É, porque quando a gente sente, esquecem-se as regras da física, o racionalismo matemático, as teorias biológicas. Pode ser do nada, pode ter anos. Pode ocupar mais de um lugar no espaço ou pode não ter espaço. Pode dividir o que se quer juntar ou subtrair o que se quer aumentar. Pode involuir pela adaptação ou pode evoluir pelo (des)uso. Pode ser explicável ou pode, em vão, procurar-se a explicação. Pode ser e não ser ao mesmo tempo e todo e qualquer paradoxo antes sem sentido, assume seu destino.
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Não muda pra quem tá de fora, muda por dentro.
E, pra eles, não interessa se essa é mais uma dessas histórias que o mundo espera só o final. Nem toda história deixa de ser porque acaba e nem todo fim precisa de uma história.
Para eles, pra ele e pra ela, não importa se é uma história. Pode ser uma página do livro de cada um. O que interessa é que não tem como ser de outro jeito. Não se contesta, não se resiste. Se ilude achando que se deixou levar. Mas é só outra ilusão. Eles não tiveram escolha. Falam pouco do que sentem, talvez, não precisasse falar. Não foge dos padrões, e ainda assim, insistem em dizer que não sabem o que é. Talvez ninguém saiba mesmo. Não precisa saber.
Ela foi pra casa.
Ele saiu.
Amanhã, voltam a se falar porque saudade não precisa de tempo.
E não se pula as páginas de um livro. Ou dois.
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