quarta-feira, 27 de junho de 2012

Tchau calourice

Tem noção?
É isso que eu me pergunto, especialmente hoje, diante do mesmo computador que me deu milhares de noticias sobre meu futuro, ouvindo a bateria da faculdade e vendo as milhares de pulicaçoes por um evento quase que tao esperado qto a propria faculdade. A CHOPPADA. Não é qlqr choppada, é a minha choppada, minha primeira choppada e portanto, a única na qual tem a palavra calouro atras da camiseta.
Daqui a algumas horas, é colocar a blusa, all star, short, documento, máquina e óbvio, a caneca. Entende-se balde nessa ultima, e aproveitar o que eu quero que seja um dos melhores momentos da minha nova vida universitaria:)
Nova...é bem relativo, pq tanta coisa acontece e a gente perde a noção do tempo e das coisas. Fazem seis meses, mas parece muito mais. Mas sao seis meses. E eles nao me fizeram esquecer tudooo o que aconteeceu pra chegar até aqui.
Por isso, se os senhores me permitem, eu vou enlouquecer(sem alcool, sim meu balde estará cheio de agua) daqui a pouco, por pura alegria de estar aonde estou, de conhecer quem eu conheci e de tudo o que ainda há por vir.
Espero que mais gente nao se esqueça tao rapido de qd um sonho ja á uma realidade, pq eu nao esqueci. E ta pra existir sensação melhor que essa:)
VCTP!!!!!!!! 2012.1 Choppada Medicina UFRJ. Foi bom ser caloura...:)

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Relacionamentos

Sempre acho que namoro, casamento, romance, tem começo, meio e fim. Como tudo na vida.

Detesto quando escuto aquela conversa:
- Ah, terminei o namoro...
- Nossa, estavam juntos há tanto tempo...
- Cinco anos.... que pena... acabou...
- é... não deu certo...

Claro que deu! Deu certo durante cinco anos, só que acabou. E o bom da vida, é que você pode ter vários amores.

Não acredito em pessoas que se complementam. Acredito em pessoas que se somam.
Às vezes você não consegue nem dar cem por cento de você para você mesmo, como cobrar cem por cento do outro?
E não temos essa coisa completa.

Às vezes ela é fiel, mas é devagar na cama.
Às vezes ele é carinhoso, mas não é fiel.
Às vezes ele é atencioso, mas não é trabalhador.
Às vezes ela é muito bonita, mas não é sensível.
Tudo junto, não vamos encontrar.

Perceba qual o aspecto mais importante para você e invista nele.
Pele é um bicho traiçoeiro. Quando você tem pele com alguém, pode ser o papai com mamãe mais básico que é uma delícia.

E às vezes você tem aquele sexo acrobata, mas que não te impressiona...
Acho que o beijo é importante... e se o beijo bate... se joga... se não bate... mais um Martini, por favor... e vá dar uma volta.

Se ele ou ela não te quer mais, não force a barra. O outro tem o direito de não te querer.

Não brigue, não ligue, não dê pití. Se a pessoa tá com dúvidas, problema dela, cabe a você esperar... ou não.

Existe gente que precisa da ausência para querer a presença.
O ser humano não é absoluto.

Ele titubeia, tem dúvidas e medos, mas se a pessoa REALMENTE gostar, ela volta. Nada de drama.
Que graça tem alguém do seu lado sob pressão?

O legal é alguém que está com você, só por você. E vice-versa. Não fique com alguém por pena. Ou por medo da solidão. Nascemos sós. Morremos sós.

Nosso pensamento é nosso, não é compartilhado. E quando você acorda, a primeira impressão é sempre sua, seu olhar, seu pensamento.

Tem gente que pula de um romance para o outro. Que medo é este de se ver só, na sua própria companhia?

Gostar dói. Muitas vezes você vai sentir raiva, ciúmes, ódio, frustração... Faz parte. Você convive com outro ser, um outro mundo, um outro universo.

E nem sempre as coisas são como você gostaria que fosse... A pior coisa é gente que tem medo de se envolver.

Se alguém vier com este papo, corra, afinal você não é terapeuta. Se não quer se envolver, namore uma planta. É mais previsível.

Na vida e no amor, não temos garantias.
Nem toda pessoa que te convida para sair é para casar. Nem todo beijo é para romancear.
E nem todo sexo bom é para descartar... ou se apaixonar... ou se culpar...

Enfim...quem disse que ser adulto é fácil ????
Arnaldo Jabour

quinta-feira, 14 de junho de 2012

aleatório

quando foi mesmo que a gente perdeu a sensibilidade?
o exato momento que falar deixou de ser importante e desabafar no mural das redes sociais passou a ser mais do que suficiente?
qual foi a hora marcada em que deixamos de ser menos gente pra sermos mais máquina?
pra sermos mais frios.
pra sermos mais únicos e menos todos.
eu nao sei o que ta acontecendo.
e, sinceramente, as explicaçoes antropológicas, políticas, geográficas e sociais nao me interessam no momento.
uma análise sobre o mundo é complexa demais para explicar o que é tao simples.
abrimos mao do real, buscando o virtual, buscando o lúdico, comovente, aparente.
esquecemos os olhares, os apertos de mao, os sorrisos amarelos, as bochechas vermelhas.
esquecemos como conversar naturalmente.
esquecemos de ser quem costumávamos ser.
e nada vai mudar, desde que aprendamos a conviver com a nova realidade. ou "realidade".
talvez seja esse o segredo, equilibrio entre o histórico do bate papo e o olhar do encontro.
entre o evento divulgado e a presença marcante.
entre a publicação que comove e a realidade que nao se permite esquecer.
talvez seja assim. um novo meio. um novo começo. uma nova maneira de continuar.

sao apenas devaneios.
boa noite.

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terça-feira, 12 de junho de 2012

12 de junho

12 de junho. Dia dos namorados. Peço a permissao de copiar e colar um texto super apropriado para a ocasiao sobre isso. Quero deixá-lo guardado em algum lugar e assim, reler sempre, e sempre e sempre...assim, as minhas reflexoes sobre o tema podem ser mantidas em segredo. that´s it. feliz dia dos namorados casais fofinhos:) (sejam namorados, casados, noivos, amados, amantes, ou mesmo, separados pelo destino, nao importa. feliz dia para voces que insistem em dizer ao mundo que amar nao é la tao impossivel assim).




Sempre o amor...
Maria Clara Lucchetti BingemerTeóloga, professora e decana do Centro de Teologia e Ciências Humanas da PUC-RioAdital
Com a proximidade do Dia dos Namorados, é irresistível a tentação de falar sobre o amor. Tema tão eterno quanto desgastado; tão desafiante quanto banalizado; tão indispensável quanto tantas vezes sentido como supérfluo.
No entanto, o amor, mais que qualquer outra palavra ou conceito, sempre está de volta. E o que o faz tão fascinante e capaz de atrair nossa atenção é o fato de que sempre nos escapa. Não conseguimos circunscrevê-lo nem tampouco esgotá-lo, cerceá-lo em uma definição qualquer. E isso porque o amor é maior do que nós.
O amor não é algo que possamos produzir, provocar ou instituir. Acontece para além de nós, antes de nós, sem nosso concurso e mesmo apesar de nós. E tudo transforma: nossa maneira de ver o mundo, de perceber as coisas e as pessoas, de conhecer. De qualquer ângulo a partir do qual olhamos uma coisa ou um evento ou uma pessoa, estamos sempre no centro. Tudo é visto e percebido sob o meu ponto de vista.
No entanto, quando o amor acontece em nossa vida, o "eu” não está mais no centro. O centro é o outro, o bem amado ou bem amada. E o centro nunca mais serei eu, mas sempre ele, ou ela. Na verdade, o amor faz com que de repente nos percebamos no lugar de outro, sentindo com e por ele ou ela. É uma experiência que nos faz sentir-nos habitados por uma presença, como dizia Santo Agostinho, "mais íntima a mim do que eu mesmo”.
A tal ponto isto é verdade que, quando ama, o "eu”, ao querer estar consigo, tem que estar onde o outro bem amado está. Está totalmente descentrado. E neste momento não são apenas seus sentidos, ou sua razão que o ajudam. O "eu” se sente totalmente desamparado justamente porque percebe que nem os sentidos nem a razão o ajudam.
Pensar ou sentir sensorialmente não o ajudam mais nem lhe dão segurança sobre si mesmo. Ao invés, para sentir-se vivo, humano, pleno, o "eu” necessita não exercitar sua capacidade de pensar, mas sentir-se pensado por outro. E também querido, amado por outro. A partir do momento em que experimenta essa alteridade que o constitui como pessoa, percebe-se total e radicalmente modificado em sua percepção do mundo inteiro, de si mesmo e da vida em geral.
Até então autônomo (ou seja, dono de si mesmo), o "eu "passa a ser heterônomo (ou seja: perdido a si mesmo; regido e guiado e determinado pelo outro). É então que os parâmetros se rompem: o da igualdade, o da simetria. A lógica da troca, dos direitos e deveres está estilhaçada, pois o amor tem o poder de inaugurar outra lógica: a lógica da graça e da gratuidade. É, em suma, a lógica do dom.
É apenas quando entra nesta lógica que o ser humano aproxima-se do ponto a partir do qual poderá ser digno deste nome. Pois enquanto o que impera é a lógica da troca, do mérito, dos sentidos despertos, ainda não se entrou naquilo que traz o selo da originalidade e que faz a criatura humana imagem e semelhança do Criador.
Pois o que distingue o Criador senão o fato de que amou primeiro? Quem é Deus senão Aquele que decidiu amar sem razão e em primeiro lugar, antes de qualquer sinal do bem amado de que responderia ou corresponderia a seu infinito amor? Deus ama aquilo que ainda não existe. E o amor cria, faz do nada vida, faz existir. Assim também pelo amor o ser humano de certa forma "cria”, traz o outro à existência. A mais insignificante das criaturas é infinitamente valiosa e única aos olhos do amante, que a faz existir como bem amada, querida e desejada.
Entrar nesta lógica de desequilíbrio e gratuidade é uma ousada aventura. Porém é a única coisa que nos faz verdadeiramente humanos. Pois só aí estaremos refletindo, como um espelho, o Amor infinito que nos amou primeiro e que nos fez existir. Porque existimos, podemos amar, desde que consintamos em entrar na lógica inenarrável e fascinante do amor.
O namoro pode ser, portanto, poderoso e fecundo aprendizado para o verdadeiro amor. Se souber resguardar-se da "liquefação" viscosa que infecta todas as relações hoje em dia, poderá ser um sadio e amplo laboratório para o exercício do dom, da gratuidade, da entrega, do perdão, do serviço e de todas as formas que a humanidade inventou ao longo de sua história.
Pois o maior dom é o próprio amor. E quando este dom acontece, doador e receptor passam a segundo plano. Só fica, resplandecente, o próprio amor que a cada minuto se reinventa e por isso reafirma em alto e bom som que a vida tem a última palavra.
[Maria Clara Bingemer é autora de "A Argila e o espírito - ensaios sobre ética, mística e poética" (Ed. Garamond), entre outros livros. Copyright 2012 – MARIA CLARA LUCCHETTI BINGEMER – Não é permitida a reprodução deste artigo em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização. Contato – MHPAL – Agência Literária (mhpal@terra.com.br)].