quinta-feira, 14 de junho de 2012

aleatório

quando foi mesmo que a gente perdeu a sensibilidade?
o exato momento que falar deixou de ser importante e desabafar no mural das redes sociais passou a ser mais do que suficiente?
qual foi a hora marcada em que deixamos de ser menos gente pra sermos mais máquina?
pra sermos mais frios.
pra sermos mais únicos e menos todos.
eu nao sei o que ta acontecendo.
e, sinceramente, as explicaçoes antropológicas, políticas, geográficas e sociais nao me interessam no momento.
uma análise sobre o mundo é complexa demais para explicar o que é tao simples.
abrimos mao do real, buscando o virtual, buscando o lúdico, comovente, aparente.
esquecemos os olhares, os apertos de mao, os sorrisos amarelos, as bochechas vermelhas.
esquecemos como conversar naturalmente.
esquecemos de ser quem costumávamos ser.
e nada vai mudar, desde que aprendamos a conviver com a nova realidade. ou "realidade".
talvez seja esse o segredo, equilibrio entre o histórico do bate papo e o olhar do encontro.
entre o evento divulgado e a presença marcante.
entre a publicação que comove e a realidade que nao se permite esquecer.
talvez seja assim. um novo meio. um novo começo. uma nova maneira de continuar.

sao apenas devaneios.
boa noite.

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