Parece tão utópico que quando realmente para, a gente se ve perdido. O tempo livre é muito mais almejado do que realmente utilizado e a gente perdeu o costume de ter tempo. A gente perdeu o costume de olhar pro que é mais importante: nós e quem nos faz feliz.
Deve ser por essas e por tantas outras que, depois de um tempo imprevisível e com final indefinido que se definiu como amanhã, estou com uma sensação esquisita. A vida seguiu por outros roteiros nos últimos tres meses e, agora, é como se eles fizessem parte da minha vida e são tão necessarios quanto quaisquer outros meses cheios de estudo e dedicação a um objetivo formulado.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjsE3CJLjFZT-dgByKANzwRGecEswxQxIf-otRCjdlkxO0e1NWDsfOG1tZYnSZZG5OPT5xw0HX_c0eSEQzwsvuZNIyiWqBYrvhnAM1cEaV9g8WMVHCq2-XNN3rutJ5kynGKeDjSUku74V0/s320/378360_480387448647854_2002555847_n.jpg)
E assim, entre tantas outras coisas, eu aprendi que todo mundo precisa de um espaço que sobre. De nada a fazer além de ver o tempo passar, de realizar aquilo que fica na lista vital que todo mundo tem em mente, incluindo a sua viagem a Índia e sua trilha pela floresta. Aquela lista que a gente vai descartando com o passar do proprio tempo pq, afinal, fazer um luau na praia é tão pouco adulto e tão muito utópico, né? A gente troca alguns sonhos por alguma concretude do dia a dia. E quando o relógio é livre, se esquece da lista.
Mas voltando, aprendi que, o espaço sobrando é uma necessidade tanto quanto sua duração definida. Por que viver também inclui fazer. Os nossos sonhos não podem ficar todos no papel, eles se incluem naquilo que a gente constroi no cotidiano. E voltar a rotina me parece doce assim. Trazer consigo tantas coisas boas precisa se direcionar para algo produtivo, não pelo simples fim de produzir, mas sim de crescer, viver e conviver. Entre tudo o que parece chato as vezes, há a beleza daquilo que é essencia.
Muita coisa aconteceu, o que me espanta por um lado. Mas só por um, pq pelo outro, espanto seria se a vida nao corresse no seu próprio rumo durante tres (excetos) meses. Se ela não mudasse,se ela não me mudasse.