sexta-feira, 5 de outubro de 2012

sobre a vida.

"Não lembro exatamente do dia, mas foi algo por volta do final de um ano do segundo milênio - mais precisamente em 2007, mas sempre gostei das décadas, séculos e milênios, faz tudo parecer grandioso, ao passo que o anos são tão pequenos -.

Nesse tal dia, uma tal amiga me chamou para gravar um tal vídeo, para uma outra tal amiga. Eu como tal que sou, não fui, por tais motivos que hoje já nem me lembro e creio fazer força para não recordar.

Sei que desde dentão, nunca pude olhar novamente, nem falar, nem dar oi mesmo que no mundo virtual pra esse alguém por quem eu já havia cultivado um amor e carinho tão certo.

Torci sozinho, e vibrei com ela - ou seja, você - quando vi aquele anuncio de que finalmente estudaria aquilo a que havia dedicado tanto tempo e sempre falou com grande entusiasmo.

Dessa vez, faltaram-me palavras de felicidades, já eram tantas que as minhas só se perderiam ali entre elas e em nada seriam o pedido de desculpas que ainda me assombrava por não ter me despedido como deveria.

Desde então só tristeza, estava certo que jamais teria forças pra mandar um recado que fosse explicando a situação monstruosa que eu criara para a minha condição.

Pensei em cartas, mas toda sem endereço, em flores sem embrulho, pensei em presentes sem graça.
Pensei e pensei, ao passo que imaginação me sobrava, faltava coragem pra dizer um oi que fosse.

...

Mas hoje, depois de uma bobagem que escrevi, uma dessas coisas que se diz sem porquê. Ela - ou você - por algum motivo leu, e acabou por escolher a tecla que me daria o que eu precisava pra me explicar aos últimos anos a minha ausência.

Foi assim que escrevi, o que aqui se vê.
Me desculpe por não ido te ver naquele dia.
Sinto saudades de vc.
Felicidades.

De um antigo amigo louco."

As pessoas sempre valem a pena.

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