segunda-feira, 29 de abril de 2013

Ele e ela

Ele ficou horas a espera
Olhando de longe e em silêncio
Ficou por admirá-la
Viu suas curvas, seus devaneios, suas incógnitas
Tentou decifrar seus mistérios enquanto esperava
E permaneceu ali, encantado.

Na hora certa, resolveu se esvair
Foi um espetáculo silencioso e discreto, assim como ele
Mas magnífico e radiante
Foi desapercebido apenas pelos que não o reparam, apenas pelos dispensáveis
Foi admirado como quem admirou e todos pararam pra ver, ela parou pra ver

E na ausência de cada som com que se deixava
Deixou o espectro de cores mais belo
Fez do que era azul, laranja, amarelo e arroxeado
Fez do que era estático, dinâmico e fluido
E ela parou pra ver

Cada raio seu atingiu o sorriso de quem percebia o maior espetáculo da Terra, que parou pra ver, que se faz todos os dias, mesmo sem ninguém perceber.

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